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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tecnologias da Informação e Comunicação e o Museu Digital

Ao usar o termo já vem em mente o conceito baseado nas experiências vividas. Peço licença para comentar um pouco sobre isso. Sou muito curiosa, muito mesmo, e todas as vezes que visito um museu começo uma viagem interior que busca fragmentos naquilo que conheço e observo, seja uma obra de arte, um experimento científico, algum objeto histórico, estabeleço um diálogo entre a coleção e minhas experiências. Com certeza saio dos museus que visito com muito mais dúvidas do que com as quais entrei.  
Para embasar teoricamente o assunto busquei algumas definições sobre o tema, buscando comparar o embasamento técnico com tudo o que sinto relacionado a museu, portanto  de acordo com a definição do Intituto Internacional de Museus (Icom): "Um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, pesquisa, divulga e expõe, para fins de estudo, educação e lazer, testemunhos materiais e imateriais dos povos e seu ambiente". Museu virtual define-se como:
[...] uma coleção logicamente relacionada de objetos digitais compostos de variados suportes que, em função de sua capacidade de proporcionar conectividade e vários pontos de acesso, possibilita-lhe transcender métodos tradicionais de comunicar e interagir com visitantes.[...] não há lugar ou espaço físico, seus objetos e as informações podem ser disseminados em todo o mundo.(CARVALHO apud ANDREWS; SCHWEIBENZ, 1998)
Confesso que me intriga muito as discussões que surgem sobre a possibilidades que a internet apresenta de substituição do livro impresso, dos museus, dos professores, etc. Penso diferente disso. Essa gama de informações, esse mundo virtual que nos faz transpor fronteiras, estar em diferentes lugares ao mesmo tempo, e nos comunicar com diferentes realidades vem a acrescentar em muito ao conhecimento, formação de opinião, contribuir a pesquisa, etc, mas o físico, o documento em si, a obra em cor e forma, disponível a análise, experimento , o virtual ainda não consegue substituir. O virtual pode sim aguçar o desejo, a curiosidade, fornecer informações sobre o contexto, etc, mas não substitui o contato direto com a peça. Pois, há algo maior por detrás de uma peça de museu que só pode ser sentida, percebida quando há o contato direto, pessoal com ela. Os afetos se encontram, se organizam ou desorganizam e novas construções são feitas.
Ainda esclarecendo a teoria é importante citar que os sites de museus são classificados em categorias diferentes, de acordo com seus objetivos, a dizer: 
- O museu folheto (the brochure museum): este é um site que contém a informação básica sobre o museu, como os tipos de coleção, detalhes de contatos, etc. Seu objetivo é informar visitantes potenciais sobre o museu.
- O museu de conteúdo (the content museum) : este é um site que apresenta os museus, que possuem serviços de informação, e convida o visitante virtual a explorá-los online. O conteúdo é apresentado de maneira orientada ao objeto e é basicamente idêntico à base de dados da coleção. É mais útil para experts que para leigos porque o conteúdo não está desenvolvido didaticamente. O objetivo deste tipo de museu é proporcionar um retrato detalhado de suas coleções.
- O museu do aprendizado (the learning museum): este é um site que oferece diversos pontos de acesso para seus visitantes virtuais, de acordo com suas idades, antecedentes e conhecimento. A informação é apresentada de maneira orientada ao contexto em vez de ao objeto. O site é desenvolvido didaticamente e relacionado através de links a informações adicionais que motivam o visitante virtual a aprender mais acerca
de um assunto de seu interesse e a revisitar o site. O objetivo do museu do aprendizado é fazer o visitante virtual retornar e estabelecer uma relação pessoal com a coleção online. Idealmente, o visitante virtual virá ao museu para ver os objetos reais.
- O museu virtual (the virtual museum): o próximo passo adiante do ‘museu do aprendizado’ é proporcionar não apenas informação acerca das coleções da instituição, mas conectá-las a coleções digitais de outros. O museu virtual não tem acervo físico. Neste sentido, coleções digitais são criadas sem contrapartida no mundo físico (CARVALHO, apud SCHWEIBENZ, 2004).


O museu virtual é uma ferramenta de grande importancia como fonte de informação, difusora da cultura e do conhecimento, possibilita o acesso ao mundo inteiro, preserva de forma diferenciada a memória e como citei anteriormente, gera a cuirosidade, o desejo de estar em contato direto com o objeto. Divulga as possibilidades de informações disponíveis, suas possibilidades e instiga a pesquisa mais aprofundada.

Referências:

OJEDA, Janine. HOMEM & REALIDADE: O processo embrionário de criação dos museus. Revista Museu. Disponível em: <http://www.revistamuseu.com.br/artigos/art_.asp?id=1111>. Acesso em: 23 nov. 2010. 

CARVALHO, Rosane Maria Rocha de. Comunicação e informação de museus na internet e o visitante virtual. Disponível em:<http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101822> Acesso em: 23 nov. 2010. 



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