"Quem menos corre voa". Penso que esse ditado caracteriza a sociedade em que vivemos no sentido da velocidade com que ocorrem os processos dentro dela. Isso só é possível pela rapidez e eficiência com que ocorre a informação dentro das relações que se estabelecem no mundo atual. Essa informação nos está disponível por diferentes canais tecnológicos, temos muitos pontos de acesso à mesma informação, basta estarmos em dia com as tecnologias digitais. Antigamente, sem melancolismos, cada aparelho eletrônico que tinhamos em casa resumia-se a sua finalidade: o rádio para som, a tv para som/imagem, o jornal para as notícias do dia anterior e as previsões para o amanhã e o telefone (fixo) para comunicação direta era o que se tinha de mais eficiente na troca de informações. Com o suporte digital surgiram muitas outras possibilidades: o telefone reuniu todas as opções citadas anteriormente e adicionou a internet. As relações se alteram em todos os níveis da sociedade, desde a produção ao consumo, as mudanças passam por todos os setores. Chega então a hora das mídias se darem as mãos para que o mercado sobreviva, sem cair em armadilhas criadas por eles próprios, passar a ver o impossível de antes, o inquestionável, como uma nova possibilidade e tendência e com o papel ainda de convencer o consumidor desta possibilidade. A troca de informações com a intenção de construir algo juntos é base para essa nova ideia que surge e o consumidor passa a fazer parte da construção do produto e este produto informa sobre novos produtos, formando assim um ciclo, onde a comunicação está no centro do processo. Para fazer parte do ciclo muitos precisam vestir novas couraças, fazendo delas novas possibilidades, embasadas no que já foram no passado. Para os profissionais da informação o fundamental é que estejam atentos aos diferentes canais por onde surgem as informações, estarem abertos e conectados a este ciclo por onde perpassam as trocas, certezas e incertezas e que principalmente que sejam atuantes, fazendo intervenções constantes na construção e recontrução da informações, no sentido de disponibilizarem as diferentes possibilidades aos seus usuários.
Referência:
JENKINS, Henry. Venere no altar da convergência: Um novo paradigma para entender a transformação midiática. Cultura da Convergência. [S.l.]: ALEPH. ( 20--). P. 25-51. Disponível em:<http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=133751> Acesso em: 08/11/2010.